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sábado, 21 de janeiro de 2017

DUFF (crítica)

Bem pessoal, parece que finalmente voltei às minhas origens kkkkk. Após muito tempo decidi que não posso deixar-vos mais tempo sem as minhas críticas. Hoje vou falar-vos do filme Duff (Designated Ugly Fat Friend, que no nosso belo português significa Designado Amigo/a Feio e Gordo). Como muitos de vocês sabem e também até por verem em filmes, o sistema escolar norte americano está dividido em "castas" e hierarquias de jovens. Grande parte das comédias e dramas americanos mostram os grupos dos atletas, das raparigas bonitas e populares, dos nerds, dos góticos... D.U.F.F. começa já por mostrar que esta estrutura sofreu várias alterações, já que “meninas populares tomam antidepressivos e nerds governam os países”. Neste contexto de mistura de grupos - sem a implosão dos mesmos -, nasce uma nova casta: os D.U.F.F, esta casta ajuda os amigo(a)s mais bonito(a)s a encontrar namorado(a)s, e valoriza a beleza alheia pela exposição da sua feiura e insignificância.
Este maravilhoso filme que eu amo, tenta fazer com os DUFF o mesmo que as comédias dos anos 80 e 90 fizeram aos nerds: valorizá-los, colocá-los como protagonistas, com oportunidade de inserção social e autoaceitação. A protagonista desta história é Bianca, a clássica DUFF. Quando esta descobre que faz parte deste grupo, decide mudar tornar-se aquela com que todos querem namorar. Isto poderia enveredar pelo machismo típico de filmes, sugerindo que o caminho para a felicidade feminina passa apenas pela maquilhagem, saltos altos e poder de sedução. Esta história, para felicidade de todas, toma rumos mais ambíguos, tentando fazer com que Bianca melhore o seu lado introspetivo, ao mesmo tempo em que se torna uma DUFF orgulhosa de si mesma.Assim, é bastante visível neste filme as pequenas subversões interessantes de sublinhar, como a humanização dos atletas, a valorização de uma estética alternativa aos padrões massivos da sociedade e dos média, e a possibilidade de navegar entre rótulos distintos nas escolas. As hierarquias são evidenciadas e gozadas, mas nunca subvertidas por completo: à medida que o guião se vai desenvolvendo, nós encontramos todos os clichês esperados de uma comédia romântica. De certo modo, D.U.F.F. goza com os estereótipos para em seguida aderir aos mesmos códigos com um sorriso malicioso nos lábios.

 Uma coisa hilariante e espetacular é que neste filme existem ecrãs dentro de ecrãs, tweets e mensagens escritas nas imagens, além de delírios estranhos dos personagens. Todo o arsenal tecnológico está presente: cita-se até à exaustão o Facebook, o Twitter, o Whatsapp, e todas as outras redes sociais disponíveis aos jovens e aos adultos de hoje. Mais uma vez, vê-se a crítica à tecnologia sem romper com ela. Segundo as regras da pós-modernidade, ele diz que nada nem ninguém seja levado a sério. Tudo pode ser Photoshop, divulgado, transformado em memes. Onde uma imagem vale mais que mil pessoas. Por fim, o filme D.U.F.F. constitui uma experiência um pouco acima da média no que diz respeito à representação do famoso cenário escolar norte americano, com os seus famosos armários metálicos, os seus bailes de formatura e as suas práticas diárias de (cyber)bullying. Este filme é simplesmente espetacular e se ainda não o viram precisam mesmo de o ver <3<3<3 E não se esqueçam "No fim, não tem a ver com popularidade ou conseguir o rapaz. É sobre perceber que não importa qual o rótulo que te dão, apenas tu te podes definir a ti próprio. Aceita isso de uma DUFF."
E não se esqueçam de ler também o livro porque consegue ser ainda melhor que o filme <3<3<3

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