Gris

O jogo que vou falar é um jogo único e incrível e que na minha opinião merecia um pouco mais de reconhecimento.

Para mim Gris não é só um jogo, como também como uma obra de arte algo com uma mensagem bem forte. Apesar de que essa mensagem seja evidente eu consigo por duas versões. Mas antes disso vou falar um pouco da gameplay em si.

A gameplay em si é simples, porém contém muitos puzzles, e muitos segredos escondidos, por exemplo, para desbloquearmos uma cena secreta é preciso conseguir apanhar todos os mementos, alguns são fáceis de serem encontrados, porém outros estão bem escondidos. Mas no meu ver vale a pena apanha-los, mesmo que seja depois de ter completado o jogo.

O jogo não tem diálogos, o que nós vemos conta a história em si. A trilha sonora também é incrível. Resumindo, eu acho tudo incrível em Gris. Parabéns a Nomada Studios por nos ter dado um jogo tão lindo e tão único, Gris é realmente um jogo diferente dos que vi até agora.

Um dos aspetos que eu realmente gostei neste jogo é a utilização das cores, preto e branco para representar a tristeza, o vermelho raiva e por aí adiante. E querendo ou não estas cores estão profundamente ligados ao tema do jogo que é a perda de alguém desde o momento em que essa pessoa se foi até ao momento em que se aceita a ida dessa mesma pessoa.

Pelo que percebi da história, Gris era muito ligada a sua mãe, porém algo aconteceu e de repente a sua mãe não se encontra mais a seu lado, o que faz com que Gris tenha depressão e é aí que começa a gameplay, com Gris em baixo e sem conseguir correr e saltar, apenas anda perdida e sem saber o que fazer, porém desse estagio passa para a raiva, representado pela cor vermelha, aí ela enfrenta as tempestades de raiva e ganha o puder de se proteger dessas tempestades que tentam a impedir de seguir em frente.

A medida em que o jogo progride , mais cores e elementos são adicionados ao cenário, o que mostra que Gris esta a conseguir se reconstruir e a conseguir seguir em frente, ou pelo menos é isso que parece.

Durante o jogo, nós jogadores somos confrontados com um estátua que a cada mudança vai se reconstruindo e essa é a mãe de Gris, que a meu ver é uma maneira de tentar dizer a Gris que mesmo que ela tenha partido ela estará sempre no seu coração e que ela deve seguir em frente, o que é isso que ela faz no fim ao subir um caminho feito de estrelas, ela consegue ultrapassar a depressão causada pela morte da sua mãe.

Porém há um obstáculo que a impede de seguir em frente que é a escuridão que existe dentro dela que a impede de seguir em frente e é isso que Gris precisa para puder seguir em frente, de derrotar esse seu lado escuro que a tenta dominar com todas as suas forças, porém com a ajuda da sua mãe, ou pelo menos da memória dela, Gris consegue se livrar dessa escuridão e voltar a seguir em frente. Isto é a minha interpretação final do jogo, porém vocês podem ter uma interpretação completamente diferente.

A cutscene final do jogo é algo realmente incrível e que não tenho palavras para descrever, quando joguei não sabia muito o que esperar, nem sequer fazia ideia de que iria terminar o jogo em lágrimas.

Para quem perdeu alguém importante ou até mesmo que tenha depressão, recomendo que joguem este jogo porque pode vos ajudar a conseguir com que ultrapassem essa situação, ao mesmo que não ajude ao menos que amenize. Depressão é um caso sério e vem de muitas formas, por vezes a pessoa que até pode estar a ir bem na vida pode ter uma depressão! Mas caso tenham depressão procurem ajuda dum psicólogo ou desabafem com alguém em quem tenham plena confiança, ou criem uma conta anónima nalguma rede social apenas para libertarem os vossos pensamentos, tentem desenhar, joguem algo, apenas não se deixem vencer por essa doença! Se vocês conhecerem alguém com depressão ajudem o mais que puderem!

Para concluir vou deixar aqui um video duma entrevista com os criadores do jogo que achei bem interessante. Espero que tenham gostado e digam-me o que acharam do jogo <3