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sexta-feira, 27 de maio de 2016

Amigos Improváveis (crítica)

Este filme tornou-se imediatamente, após ser lançado, o mais visto fora de França. Ele conta a história verídica de uma amizade inusitada entre dois homens separados pelo nível da classe social, pelas idades e condições físicas, mostrando também até que ponto esta ligação é capaz de transformar a vida dos envolvidos. No filme, um tetraplégico multimilionário abre uma vaga de cuidador e imediatamente recebe vários profissionais altamente qualificados, mas que segundo a sua percepção, têm falta da vitalidade de que ele tanto necessita. Contrariando as vozes discordantes, ele acaba por selecionar o candidato mais improvável: um jovem nem um pouco educado, morador num bairro pobre, sem escolaridade, com um passado duvidoso e cujo o único interesse se resumia a conseguir a assinatura para o seguro de desemprego. A partir deste momento começa uma relação de aprendizagem e confiança onde aos poucos o rapaz tanto melhora como pessoa como influencia positivamente o monótono ambiente em que está inserido com a sua personalidade alegremente dissonante. 
Este filme tem a genialidade de não deixar a narrativa presa ao melodrama da deficiência física, preferindo direcioná-la  para uma visão mais abrangente do relacionamento dos personagens, pontuando ainda com alguns momentos de humor inesperado.  O comportamento, o sotaque, os interesses, tudo é origem de uma discrepância tão gritante quanto construtiva. Nem a música clássica nem a arte moderna, repletas de significado para quem convive com elas, escapam da interpretação irreverente do olhar simples. É também uma oportunidade de conhecer uma Paris pouco mostrada em filmes: subúrbios de imigrantes com famílias numerosas, onde reinam o desemprego, a pobreza e a violência. Sem dúvidas uma boa lição de vida para todos! 

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