Música Filmes Sagas Séries Livros Animes Jogos Moda K-Pop Sentido Oposto Sentido Oposto Contactos Downloads Facebook Tumblr Instagram Twitter

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Harry Potter e a Câmara dos Segredos

Chegamos ao segundo dia da Semana Harry Potter e hoje como era de esperar falarei do segundo filme/livro da saga, o nosso fantástico Harry Potter e Câmara dos Segredos .
Harry Potter e a Câmara dos Segredos, o segundo filme baseado na obra da fantástica J.K. possui a meu ver uma grande vantagem sobre o seu antecessor, A Pedra Filosofal. Tendo estabelecido os personagens, o cenário de Hogwarts, os professores e a potencial ameaça do malvado Lord Voldemort que quer voltar à vida, tanto o guionista Steve Kloves quanto o diretor Chris Columbus puderam realizar aqui um trabalho mais fluído, sem as bruscas mudanças entre os “episódios” que chateavam bastante no primeiro filme, embora a fidelidade ao livro e o peso do “início de saga” forçassem aquela obra para esse caminho.
É verdade que o Chris Columbus continua a não arriscar no desenvolvimento da obra, mas é também inegável que ele faz um bom trabalho nesta direção. É possível ver que o cineasta consegue fluir as ações do “resgate” do Harry pelos fantásticos Weasley, a primeira aparição do fofo elfo-doméstico Dobby, A Toca, a traumática viagem no carro voador até Hogwarts… tudo está bem interligado, não havendo necessidade de sub-histórias como pequenas curtas-metragens dentro da longa-metragem.
E é evidente que um caminho mais confortável em termos narrativos ajude não só a criar um bom resultado final para a história como também dê maior liberdade aos atores de entrarem nos seus personagens e acompanharem a evolução da situação em pauta: a abertura da Câmara ds Segredos e os ataques a alguns alunos alunos na escola, que acabam petrificados — embora se saiba que a intenção do vilão era matar. O trio protagonista formado pelos já conhecidos Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson está mais convincente e definitivamente mais entrosado, fazendo com que cada um tenha ótimos momentos em cena, mas neste filme, curiosamente, os dois rapazes saem-se melhor, algo que não vemos muito nos filmes seguintes, já que a Emma ganha uma rápida maturidade cênica, roubando assim constantemente as cenas a partir de O Prisioneiro de Azkaban.
Mas o maior prémio d’A Câmara dos Segredos e também de toda a saga, é a direção de arte. Com uma equipa principal forma por 11 profissionais, sendo Stuart Craig responsável pelo desenho de produção, Stephenie McMillan pela decoração de cenários e mais 9 diretores de arte, o filme esbanja criatividade e beleza nesse aspecto técnico. Da casa dos Dursley à Toca e daí para Diagon Alley; das áreas externas de Hogwarts ao interior das Salas Comuns, o escritório do Dumbledore, a cabana do Hagrid, as salas de aulas e a Floresta Negra… absolutamente toda a produção artística do filme é de um primor inacreditável. Detalhes de cor, objetos complementares, localização e utilização desses objetos dentro da história são quesitos muito bem vindos aqui.
A fotografia do Roger Pratt transmite muito bem a urgência da questão racista nas entrelinhas do filme e ajuda a mudar um pouco a visão mais infantil que marcara não só toda a narrativa de A Pedra Filosofal mas também o seu tratamento estético. Com uma paleta de cores mais escuras do que a do filme anterior e uma maior dramatização na iluminação e formas de filmar os personagens abre-se o caminho para a intensificação da ameaça sobre o mundo bruxo, que, como sabemos, se torna maior a cada filme e é acompanhada por um progressivo escurecimento da fotografia que fica perfeitamente.
Trazendo o excelente Kenneth Branagh como o louco professor Gilderoy Lockhart, ótimos efeitos especiais e visuais, uma trilha sonora novamente marcante do nsso John Williams e uma equipa técnica exemplar, Harry Potter e a Câmara dos Segredos é sem dúvida uma aventura e tanto. O filme perde no tratamento dado a alguns personagens e na direção sem muita imaginação, mas é capaz de nos entregar sequências como as do ótimo jogo de Quidditch e a luta final do Harry contra o malvado Tom Riddle e o Basilisco, provando que, a despeito dos tropeços, a magia vence e pode-se ter um ótimo filme em mãos.
Por hoje ficamos por aqui com a nossa Semana Harry Potter. Será que ainda falta muito para o meu filme preferido ;)? Fiquem atentos ao resto da nossa fantástica Semana Harry Potter.

Sem comentários:

Enviar um comentário