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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Harry Potter e o Cálice de Fogo

Chegamos ao quarto dia da nossa Semana Harry Potter e hoje falarei do fantástico filme/livro no qual todos deixaram crescer o cabelo, exatamente estou a falar do nosso Harry Potter e o Cálice de Fogo e não se esqueçam nas filmagens deste filme nenhuns dragões foram magoados ;)
Podemos dizer que a ação só acontece de facto na saga Harry Potter a partir do terceiro filme, O Prisioneiro de Azkaban. As duas obras anteriores são incursões pouco abrangentes, porém, muito boas, no mundo bruxo, e trazem muitos resquícios da infância das personagens, ou seja, riscos locais apenas, nada de “perigo global” que ameaça  ninguém diretamente… A partir do terceiro ano em Hogwarts, no entanto, as forças das trevas começam a erguer-se e é aí que tanto a saga Harry Potter quanto o número de fãs cresceram vertiginosamente.
O Cálice de Fogo é o quarto filme da saga e apresenta-se como um dos interessantes “amem-ou-odeiem” em diversos aspectos. O principal deles é a grandiosa reviravolta ocorrida no próprio livro (o maior dos quatro, até então), que traz aos leitores e futuros espectadores toda uma organização burocrática da magia, apenas sugerida anteriormente; e também o grande acontecimento da história, que é o retorno do famoso e temido Lord Voldemort. A incrível linha de acontecimentos que cercam o Torneio dos Três Feiticeiros desde o início, no ataque dos Devoradores da Morte durante o Mundial de Quidditch, já indicam o tom de toda a obra e esse tom é bem capturado por Mike Newell.
Desde o segundo filme, é inegável o bom uso dos efeitos especiais e visuais na saga. Produtos da era da computação gráfica e dos avanços no uso das tecnologias para fins cinematográficos, os filmes do rapaz bruxo concentram uma das mais felizes linhas desses efeitos no cinema da sua era. N’O Cálice de Fogo, eles não se apresentam só como algo puramente visual, mas integram-se de modo orgânico à história. A chegada das duas escolas (Beauxbatons e Durmstrang) a Hogwarts é também um grande evento para o filme, porque pela primeira vez traz um número absurdo de figurantes, algo que seria mais comum nos filmes seguintes. Aliás, O Cálice de Fogo já nas suas primeiras cenas mostra-nos uma grande aglomeração de pessoas.
A ameaça ao mundo bruxo a partir daqui é enorme. Devesse confiar em quem, numa época em que tudo desaba? Esta pergunta assusta mais do que responde à dúvida, mas certamente é o que inquieta os jovens estudantes, principalmente o trio protagonista, que chega a pressentir algo, mas não sabem bem o quê. Para um espectador mais atento, a repetição de que havia alguém a usar a poção Polissuco pode ser um indício válido de que as coisas não são o que parecem, mas certamente essa detalhe escapou (pelo menos em parte) aos que não leram o livro. Todas as sequências que abarcam as provas do torneio são muitíssimo bem feitas. As minhas preferidas são sem dúvida as duas últimas provas, exatamente pela ordem em que acontecem: o lago, e depois, o labirinto. O ressurgimento do Voldemort é uma transposição digna de ser aplaudida de pé, tanto pelos ângulos escolhidos no momento da rápida metamorfose, quanto no ritmo e atmosfera de toda a sequência que precede o Priori Incantatem. A fotografia de Roger Pratt segue mais ou menos a mesma iluminação escolhida por ele n’A Câmara dos Segredos. As partes internas são muito claras e aconchegantes, enquanto que as externas contemplam dias nublados e fechados. A coloração acinzentada da sequência do cemitério é bela e macabra ao mesmo tempo e essa atmosfera junto da atuação de Ralph Fiennes basta para coroá-la como uma das melhores cenas de toda a saga.
Por falar em atuação, percebemos que os protagonistas cresceram um pouco em presença cênica. O elenco de apoio está, como sempre, glorioso, é difícil esses atores britânicos experientes trazerem coisas muito más para os ecrãs, e eu sempre destaco Alan Rickman no papel de Snape, e aqui também, a presença maravilhosa de Brendan Gleeson como Alastor Moody. Sobre a participação do Robert Pattinson como Cedric Diggory, é uma passagem que cumpre o seu papel sem grandes solavancos dramáticos. Ele até não está assim tão mal. O Cálice de Fogo é o reinício da vida de Voldemort e do perigo à solta. Diferente do filme seguinte e especialmente do sexto da saga este é um exemplar mais analítico, observador, embora tenha algumas reviravoltas intensas, e já algo de tragédia, como um prenúncio de todas as mortes e horrores que viriam. A guerra entre bruxos começa, realmente, aqui.
Bem, chegamos ao fim do nosso quarto dia da Semana Harry Potter, mas ainda não chegamos ao meu filme favorito. Qual será ele? Fiquem atentos que em breve descobrirão ;)


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