A segunda temporada começa logo a partir dos acontecimentos da season finale da 1ª temporada, onde Derek se torna o alpha, Jackson finalmente obtem aquilo que tanto sonhou, Lydia vai para o hospital após ser atacada por Peter, e o trio principal – Stiles, Scott e Allison – no meio disso tudo são forçados a lidarem com problemas nos quais nenhum adolescente deveria estar envolvido. Os plots desta fase são construídos de uma maneira bem mais harmónica que na primeira temporada e o suspense marca presença durante inúmeros episódios. As histórias são diversas, mas todas giram em volta de um plano maior, um suposto novo ser sobrenatural que surge do nada em Beacon Hills. No fim da primeira temporada, os parceiros inseparáveis, Scott e Stiles, vêm-se diante de algo quase impossível. Seguindo um padrão estabelecido em cima dos casos que puderam presenciar, após Lydia ser atacada, a tendência seria a morte ou a transformação. Felizmente (ou não), Lydia não sofreu nenhum dos dois, tendo simplesmente curado-se rapidamente e não apresentou nenhum efeito colateral, ao menos não no início. Sofrendo de um stresse pós-traumático intenso, a jovem passa a ter ligação com as mortes que ocorrem e os holofotes voltam-se para a mesma como sendo a principal suspeita dos acontecimentos.
Digamos que a história da Lydia é explorada nesta temporada, mas não tanto como o esperado. Durante esta temporada, a sua ligação mental com Peter é enorme, sendo mesmo ela quem o “ressuscita” durante um estado de transe. Acreditem, a explicação e a “mitologia” por trás de Lydia adquire rumos interessantíssimos, embora pouco desenvolvidos e bastante demorado para os mais ávidos por informação porque só mesmo por volta do meio da terceira temporada entenderão o que ela consegue fazer. Após a morte de Kate Argent, a família de caçadores sofre uma gigantesca mudança no seu código de conduta. Aqueles que anteriormente caçavam apenas lobos que já haviam causado alguma morte, com a chegada de Gerard Argent, passam a caçar todos e quaisquer seres sobrenaturais que cruzem os seus caminhos. Contudo, Gerard possui motivos por trás dessa decisão controversa que nos levam a crer que não é apenas devido a vingança que ele voltou para Beacon Hills. Aos poucos, descobrimos que o personagem desenvolveu uma doença grave e que procura a solução para os seus problemas na mordida de um lobo, que trás consigo propriedades curativas. Claro que essa é uma das decisões mais polêmicas do personagem e da temporada, porque vai completamente contra tudo o que ele apregoou por tantos e tantos anos.
Um personagem que também nesta temporada tem um plot bastante interessante é Derek Hale que após tomar de Scott a sua possível e única chance de uma cura para a sua condição sobrenatural acaba por obter a posição de alpha, cabendo-lhe assim compor a sua própria matilha. Com isto, três novos personagens integram o elenco da temporada: Isaac, Boyd e Erica. Selecionados por não se encaixarem dentro das esferas sociais da escola, Derek recruta-os aos poucos e faz com que cada um, da sua forma nada convencional, encontre o seu lugar dentro daquela matilha.
A história maior constrói-se dentro do mistério das mortes frequentes e violentas que começam a ocorrer em Beacon Hills, o que gera uma tensão entre os caçadores e a bando de Derek Hale para descobrir quem, ou quê mais exatamente, estava envolvido em tais acontecimentos. Scott, Stiles e Allison são apanhados pelo fogo cruzado, enquanto o casal Scott e Allison tenta manter o seu fofo romance vivo no meio desta “guerra” territorial – aqui é o ponto onde o casal realmente consegue convencer o público do seu drama, ao mesmo tempo que mostra ser cada vez mais impossível continuarem juntos devido a tudo que acontece em seu redor. Quem ganha um destaque repentino e causa uma mudança importante nos rumos de alguns personagens é Victoria Argernt. Insatisfeita com o romance da filha com um lobisomem, a mulher tenta assassinar o nosso querido McCall durante um episódio eletrizante, literalmente. Feito de refém, o rapaz é salvo pelo incrível Derek, que para tal, acaba por morder Victoria. Como bem sabemos a mordida de um alpha é uma das condições para tornar-se num lobisomem e por integrar uma família de caçadores, vai contra o seu código aceitar e abraçar essa mudança cabendo assim ao seu marido, Chris, estar com ela e ajudá-la durante a sua morte opcional.
Após os acontecimentos de Raving, a temporada toma um ritmo intenso e eletrizante, que eu adoro, culminando no clímax que dá o tom da reta final. Manipulada pelo avô, Allison segue pelo caminho dos caçadores, sendo a morte da mãe uma parte para o seu treinamento. Acabamos por descobrir que quem estava por trás de todas aquelas mortes era o lindo Jackson, que não obteve a sua transformação propriamente dita e tornou-se num Kanima, um ser sobrenatural que devido a consequências trágicas fica preso a eventos passados e vem a ser manipulado por um mestre. É neste ponto que os verdadeiros interesses de Gerard vêm à tona, quando o mesmo toma posição enquanto mentor do Kanima como forma de chantagear McCall para obter uma mordida de lobisomem e curar a sua doença. E mal sabíamos nós que a verdadeira mente que enganou todos foi Scott, que aos poucos “envenenou” Gerard, e este, quando obteve a mordida, acabou por ser curado, entretanto com uma transformação incompleta.
Durante os episódios finais vimos Stiles envolvido em circunstâncias de quase morte, quando é apanhado pelos caçadores e recuza-se a falar sobre o que sabia. Enquanto a única solução para Jackson aparentava ser a morte, o jovem acaba por se transformar num lobisomem mesmo e parte para outra cidade. Allison fica na corda bamba, tendo que escolher entre o amor da sua vida e a sua posição na família após a trágica escolha da sua mãe.
Bem, posso dizer que a segunda temporada teve uma construção muito boa em comparação à antecessora. Mas a verdade é que a série fica ainda melhor a partir da terceira temporada, e em breve sairá a critica sobre essa mesma temporada, fiquem atentos ;)
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