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terça-feira, 1 de agosto de 2017

The Last of Us (jogo)

The Last of Us é um jogo de terror que até então era exclusivo para a PS3, mas felizmente foi remasterizado para a PS4 e assim eu pude joga-lo :) Este jogo é baseado no livro "A Estrada" do americano Cormac McCarthy. Neste jogo somos levados até um futuro distópico onde o nosso mundo foi destruído por uma praga, a Cordiceps – um fungo que controla o sistema nervoso, tendo o objetivo único de espalhar a infecção. Nesse mesmo universo, grande parte da civilização humana foi infetada ou morta e o que restou sobrevive em zonas de quarentena vigiadas pelo exército, em pequenas sociedades ou até mesmo gangues. Nós acabamos por fazer parte deste universo hostil através de Joel, um contrabandista, já na faixa dos cinquenta anos, que tem a missão de levar Ellie, uma menina em plena adolescência, através dos Estados Unidos em busca dos Fireflies, um grupo de resistentes.
O jogo transmite constantemente o mesmo clima do livro. Há uma frequente sensação de desolação e perigo que são cuidadosamente balanceados com momentos de maior descontração como as famosas piadinhas da Ellie, o Joel a lembrar-se como era o mundo há vinte anos. Em várias partes do jogo são-nos apresentados cenários estonteantes com a natureza a tomar de assalto as antigas cidades e essas sequências são imprescindíveis para dar-nos um pouco de relaxamento da restante tensão.

O motion capture, o voice acting e o lip-sync do jogo são tão impressionantes que nos passam a perfeita impressão de estarmos a ver pessoas verdadeiras, como se fosse um filme. As expressões dos personagens garantem um grau de drama bastante raro em qualquer outro jogo, aproximando-nos, tornando-nos íntimos e importando-nos tanto com Joel quanto com Ellie. Isto é corroborado pelo alto grau de profundidade presente em todos os personagens.
O design dos inimigos é simplesmente impressionante, assim como a sua inteligência artificial. Os glicadores (em português) são aterrorizantes e dividem-se em quatro categorias: runner, semelhantes a um zombie, grunhe e corre atrás do jogador se o conseguir perceber; clicker, com um nível um pouco mais avançado da infecção têm a cara toda coberta por fungos o que os torna cegos. “Vêm” através de um barulho que fazem semelhante a um “click”, daí o seu nome. Depois há também os bloaters, que são os mais infectados. Eles têm o corpo todo coberto de fungos, são seres enormes que lançam nuvens de toxinas no jogador. E, por fim, o lurker que foi o que mais me assustou,  já que ele corre de um lado para o outro ou escondesse, à espera para fazer um ataque surpresa.

O maior perigo do jogo, na verdade, são os próprios humanos. Embora os infectados assustem mais e nos deixem mais tensos, são os humanos que nos fazem passar a maior dificuldade. Como dito no próprio jogo, eles são imprevisíveis. Enquanto um infectado tem um objetivo claro, o do homem tem uma gama de possibilidades desconhecidas.

The Last of Us, coloca-nos perante situações contra os infectados e outros sobreviventes e cada uma delas totalmente diferente. Nenhum encontro é igual, nenhuma estratégia sempre dará certo – é preciso pensar e, muitas vezes, repetir, para alcançar o objetivo da melhor maneira. A forma de jogar é bastante simples, controlamos o Joel  numa visão de terceira-pessoa. Os controlos são fáceis de nos acostumarmos, não sendo repletos de detalhes confusos e a câmara é totalmente controlável por nós, permitindo uma visão de 360º. Para facilitar a furtividade e a criação de estratégias, os nosso personagem conta com uma habilidade fantástica, o listening mode, que permite ouvir os inimigos à sua volta, “vendo” através das paredes pelo som. A história é dividida em capítulos demarcados por cada uma das quatro estações do ano. Dentro desses seguimos um objetivo que geralmente apresenta-se no início de cada capítulo. O jogo apresenta um sistema de upgrade de armas e a criação de itens bastante interessantes. Podemos melhorar todos os nossos equipamentos utilizando peças encontradas ao longo da história e também criar itens como bombas de fumo, minas de proximidade, melhorar armas brancas pondo pregos em bastões por exemplo. Esses itens criados e armas aprimoradas garantem um alto grau de personalização da experiência, podemos agir mais em surdina, passando por inimigos sem que eles nos vejam ou investir pesadamente em armas e matar qualquer adversário que apareça. Qualquer um dos inúmeros modos do jogo é incrivelmente divertido.
Além desta customização, o jogo possui diversos níveis de dificuldade, que vão desde o Easy até ao desafiador Survivor, que apenas é desbloqueado após o fim do jogo. 


Após terminar a história principal é possível iniciar um New Game Plus que permite reiniciarmos o jogo com todas as melhorias feitas no anterior. Só é possível conseguir todos os troféus do jogo ao terminar em todas as dificuldades mais de uma vez. Cada troféu oferece skins para utilização durante o jogo, as quais alteram o visual de Ellie e Joel.

O modo multiplayer do jogo, embora seja dispensável, é bastante divertido. Nele podemos escolher entre duas facções: Fireflies e Caçadores. Como outros jogos, podemos escolher uma classe que melhor se encaixa com o nosso estilo no início de cada sessão. O objetivo é eliminar a outra equipa. O modo é bastante simples mas tem uma costumização de personagens e um sistema de níveis que conseguem prender a atenção do jogador.
The Last of Us é definitivamente um dos melhores jogos que eu joguei e também desta geração de vídeo-jogos. É uma experiência incrível que merece ser aproveitada pelo menos uma vez. O jogo consegue prender a nossa atenção desde a introdução e faz com que queiramos jogá-lo por inteiro imediatamente após terminá-lo. Mas preparem-se, ele tem uma carga dramática intensa e sem dúvidas irá tirar algumas lágrimas até dos mais duros. Eu sou sincera eu chorei, e não foi pouco!

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