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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Star Wars Episódio IV (crítica)

Chegamos ao quarto dia da nossa Semana Star Wars e tal como é fácil de prever, vou falar do maravilhoso primeiro filme da saga que foi lançado, o episódio IV.
Indicado a 10 Oscar’s e vencedor de sete, Star Wars foi talvez o primeiro filme pensado não apenas como uma aventura cinematográfica adolescente, mas também como uma marca capaz de criar um universo que se expande desde 1977 em incontáveis tipos de produtos e fatura bilhões de dólares desde então. O curioso disto tudo é que nem a Fox nem o próprio criador da saga, o nosso querido George Lucas, esperavam por um sucesso tão monstruoso quanto o do filme. Star Wars bateu recordes de bilheteria, arrecadou quase 800 milhões de dólares e acabou por se transformar, gostem ou não, aceitem ou não, num divisor de águas no mundo do cinema.
Os motivos pelos quais o filme virou um autentico sucesso sem precedentes na história do cinema são os mais diversos. Antes dele, o público adolescente e jovem em geral não se reconhecia mais no cinema de fantasia e de ficção. A temporada de verão americano era morta em termos de lançamentos de sucesso até que Spielberg resolveu lançar o seu Tubarão dois anos antes percebendo que nesse período havia um público em potencial e pouca competição. Os atores de grandes bilheterias e de filmes de grandes orçamentos eram nomes consagrados, de grande prestígio e talento. O filme de George Lucas deu cara a gente desconhecida e jovem como Harrison Ford, Mark Hamill e Carrie Fisher num filme de aventura e ficção. Trouxe inovações no campo de efeitos especiais que permitiram uma série de outros filmes; deu corpo e cara a uma geração de jogos eletrónicos que copiaram o seu ritmo e os seus conceitos visuais. Ou seja: havia uma ar de jovialidade e inovação naquele trabalho como nunca se tinha visto anteriormente. 
O fim dos anos meus fantásticos anos 70 também trazia à tona a era dos video-games, uma febre que afinal explodiu apenas nos anos 80. Dito tudo isto, Star Wars nasceu e desenvolveu as suas sequências em sintonia com o seu tempo, apoiando-se na carência de um público que esperava ver os video-games nos grandes ecrãs, mas não era compreendido pelos estúdios de cinema. Mas nascia com ele, entretanto, o conceito de blockbuster como conhecemos até hoje.
O filme de 1977, apesar de ter sido o primeiro a ser lançado, já começa a partir do meio da saga. Lucas descarta qualquer desenvolvimento mais profundo dos personagens e apoia-se apenas nos acontecimentos após os letreiros iniciais. Não há, no entanto, dificuldade em situarmo-nos dentro da história, tamanha a simplicidade e previsibilidade. Todos os atores atuam por atuar, como se nem acreditassem que o trabalho pudesse fazer sucesso ( reparem que quando a cadeira da Millenium Falcon gira, disparando os seus canhões, Harrison Ford ri-se como se estivesse num parque de diversões; e a Carrie Fisher, ao dizer os seus diálogos, não consegue deixar de escapar sorrisos de canto de boca), mas os seus personagens são simpáticos e imensamente marcantes.
A história também é a básica de um herói, do “escolhido”, do “enviado” para mudar o rumo das coisas. É a aventura de um personagem deslocado que acaba por se envolver com gente tão perdida quanto ele, personagens deslocados num universo alienígena que só se têm uns aos outros. O apoio que Luke Skywalker tem vem de um velho, Obi Wan Kenobi, que faz o papel do pai que ele nunca teve e explica-lhe tudo sobre o poder da força. Star Wars também tem estilo único. Feitos mais com criatividade do que com dinheiro, os cenários parecem caros, grandiosos e cheios de detalhes. O filme apoia-se num conceito visual matador: o que vemos no grande ecrã é alienígena, mas quase tudo é, ao mesmo tempo – formas, os sons dos assobios do fofo R2D2, os cenários de Tatoonie, o depósito de lixo da nave, o ferro velho, etc – familiar aos olhos do público. Há um vilão misterioso e sem cara cujo visual fica preso na cabeça dos espectadores (não é à toa que o nosso Darth Vader se transformou num dos mais famosos vilões de todos os tempos). É um espetáculo visual, apoiado num ritmo de jogo de vídeo que, uma vez comprada a ideia, suga os espectadores para a aventura.
E fica por aqui o nosso quarto dia da Semana Star Wars, mas não se preocupem que amanhã há mais. May the Force be With You!




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