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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Star Wars Episódio I (crítica)

Hoje vou começar aqui no blog a Semana Star Wars, na qual em cada dia farei a crítica de cada um dos 7 episódios. Mas primeiro é melhor tirar as dúvidas a quem as tem. Em Star Wars de acordo com a linha de tempo a ordem dos filmes é a seguinte:
I- II- III- Antologia sobre o Han Solo- Rogue One- IV- V- VI- VII- VIII- IX
Mas há quatro formas diferentes de vermos a saga:
1- I-II-III-IV-V-VI-VII, é a menos recomendada pois trás imensos spoilers.
2- IV-V-VI-I-II-III, é a mais popular.
3- Ordem Ernst Rister, IV-V-I-II-III-VI, resolve os problemas das duas primeiras formas.
4- Rogue One- IV- V- II- III- VI- VII, é a preferida de nós fãs, pelo facto de ignorar o Episódio I. 
Mas, bem, aqui na nossa Semana Star Wars vou fazer a crítica dos filmes pela ordem cronológica desde o episódio I até ao VII, espero que gostem. E vocês que ainda não são fãs espero que fiquem com curiosidade ;) Que a Semana Star Wars começe!
Para começar é importantíssimo dizer isto: Ameaça Fantasma é um filme super divertido e interessante, mas se tivesse sido o primeiro episódio da saga a chegar ao cinema, é certo que a saga não teria alcançado nem o seu status nem a sua longevidade. A nível visual, o filme é espetacular. As tomadas aéreas que descortinam as cidades de Naboo, Coruscant e Gunga são maravilhosas, de tirar o fôlego até. Aliás, todo o design de produção e a direção de arte de A Ameaça Fantasma são merecedores de um Oscar especial da Academia, assim como os impressionantes efeitos especiais, presentes praticamente em todas as duas horas de filme. A batalha final, no planeta Naboo, é extremamente real, apesar de ter sido completamente criada em computador, o que por si só é fantástico.
Infelizmente, o há de sobra em estilo, falta em conteúdo. A história deste Episódio 1 é fraca, oferece pouco espaço para o desenvolvimento dos personagens. Obi-Wan Kenobi, por exemplo, passa despercebido, enquanto que um tempo precioso e também excessivo é despendido com o aborrecido Jar Jar Binks. Outro personagem que é praticamente ignorado pelo guião de George Lucas é o vilão Darth Maul. Assim, ao invés da saga ganhar outro grande vilão para a sua galeria, o que temos é um antagonista fraco, incapaz de despertar o temor ou a ira da plateia.
No entanto, este primeiro filme acaba por cumprir relativamente bem a sua função principal, que é a de nos apresentar aos principais elementos de Star Wars. Assim, ficamos a conhecer a origem humilde do nosso Anakin Skywalker; somos levados até ao Conselho Jedi e entendemos um pouco mais sobre o seu funcionamento; descobrimos a explicação sobre o que é a Força, o que, infelizmente, acaba por tirar um pouco da magia e do mistério que a cercavam; presenciamos os primeiros encontros entre Obi-Wan e Anakin e entre C-3PO e R2-D2; e, finalmente, somos apresentados a Padmé e ao Senador Palpatine, que virão a desempenhar papéis importantíssimos nos episódios subsequentes. Na verdade, é até compreensível que, diante da necessidade de introduzir a plateia a tantos novos elementos, pouco tempo tenha sobrado para o desenvolvimento da própria história.
Não que a falta de um enredo mais sólido torne o filme cansativo. George Lucas foi inteligente o bastante para permear a história com estonteantes sequências de ação, o que não permite nunca que o espectador se sinta entediado. A corrida disputada em Tatooine, por exemplo, é simplesmente fabulosa. Porém, se Lucas consolida o seu talento para lidar com tomadas recheadas de efeitos visuais, os seus créditos como diretor podem ser seriamente questionados quanto à direção de atores. O facto é que praticamente nenhum membro do elenco consegue criar um personagem tão forte quanto aqueles que vimos na trilogia original. Até mesmo o sempre competente Liam Neeson é limitado pela mediocridade do guião e da direção de Lucas. Qui-Gon Jinn é interessante, sim, mas não a ponto de fazer com que a plateia realmente se importe com o destino do seu personagem. Enquanto isso, o pequeno Jake Lloyd cumpre relativamente bem a sua função, fazendo com que a platéia simpatize com ele - o que já é uma grande proeza, se considerarmos que todos já sabem que ele virá a tornar-se no futuro o maligno Darth Vader, matando Obi-Wan Kenobi no Episódio IV. A única pessoa que merece destaque é Pernilla August, que interpreta a mãe de Anakin. A sua fragilidade, enquanto escrava, e o seu amor e confiança, enquanto mãe, representam alguns dos melhores momentos da história.
No geral, A Ameaça Fantasma é uma introdução eficiente, mas bem inferior à saga. O excesso de efeitos especiais acaba por nos distrair um pouco, mas isso não é surpresa se considerarmos que o filme original levou à criação da Industrial Light & Magic, uma das maiores empresas de efeitos visuais do planeta. Só nos resta esperar que, nos próximos episódios, George Lucas dê mais de valor ao desenvolvimento da trama do que ao tom de “festa tecnológica” que este primeiro exemplar assumiu. Afinal de contas, a família Skywalker é interessante o bastante para captar a nossa atenção sem que precise, para isso, estar cercada por um ambiente praticamente virtual. É por todos estes pormenores e mais alguns que nós fãs sempre deixamos de lado o episódio I. Uma coisa interessante que acontece após os créditos é que ouvimos uma respiração abafada do nosso amado Darth Vader como se fosse um aviso do que está por vir.
Por hoje terminou a Semana Star Wars, mas o resto da semana promete, fiquem atentos ;)

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